As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Recomeço

Foi tão bonito, tão intenso
Tão verdadeiro propenso
Que feito estrela surgiu e se findou
Como uma joia de brilho raro
Mas que delicada se quebrou
E ficamos catando as notas
Cantando o caminho, as rotas
Catando os cacos do carinho que ficou

Juntamos as partes quando partimos
Transformamos em sonho o que sobrou
Em poesia, sentida e praticada, amalgamada
Porque tudo deu tão certo que recomeçou
Era o fim, esse outro inicio de estrada.
E assim ficamos e seguimos
Com outros sabores, vivos
Nas dores e alegrias
Do que vivemos
E crescemos
Em todo
O nosso
Reciclado
Transmutado
Reconfigurado
Amor

Tarefas do Dia:

Fazer do som, música
Do movimento, dança
Da vida, poesia
Romance, conto, espetáculo
Do amor um caminho pra tudo isso
* E tudo mais do que acontecer naturalmente
Sem intervenção humana,
Que seja visto com os olhos
Apaixonados de uma criança
Que brinca e vê beleza
Em tudo                       ...
E qualquer aparente nada

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Fogueira

A matéria, entregue ao fogo
Transmutava-se
O plasma consumia
O âmago orgânico
Do combustível corpo
Emprestando calor
E energia luminosa
Aos que brincavam ao seu redor
No alto, o céu mostrava-se
Despido dos tempos
As palmas
Os tambores
O coro
Em transe
O calor da fogueira
O orvalho da madrugada
Assim adentramos à noite
Conectados à ancestralidade
Em canto entoado
E poesia bailada
Na madrugada o ritual
O terreiro era o canal
E a festa
Abençoada

sábado, 2 de maio de 2015

Escrevi no Feminino_

Ele anda procurando um amor
Corre o mundo,
Buscando o universo dentro de si
Em busca de paz
E perfeição

Nas voltas
Eu aqui ao seu lado
Sempre fui sua amiga,
Tudo o que precisaria
Pra não me apaixonar
Mas o que?!
Agora já era tarde

O vinho
E canção da noite
Brindaram nossa amizade
Embalando
Nossa despreocupação

Ofegantes cantamos
Varamos a noite
Essa longa estrada,
Percorremos paixões
Pela madrugada

Quando acordei, ainda sonhava
Ele ao meu lado estava
Tão lindo, numa poesia
De luz e cobertor
Ai como é bom!
Dormir
Sonhar
E acordar
Com este, aquele,
Qualquer um que seja,
Um verdadeiro amor