As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sábado, 30 de março de 2024

LEITURA

Abraçar
E sentir a pele tocar 
Sem se tocar
O cheiro penetrante no corpo
Desconfundir o peito sem alarde
Como uma queima de fogos
Num dia santo

Olhar de perto
E sentir a respiração ofegante
Ao pé do ouvindo 
O arrepio no pescoço
O olhar indecente, maravilhoso

Amar 
E presssentir aquele beijo
Desejado
Eterno e passageiro
Na saudade renascente
De um querer verdadeiro

Ponto a ponto 
Construindo pontes
Tecendo manhãs
Em cada noite de inspiração 
Suor e contemplação
Dança sem medo

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