As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ler-te

A alma feminina da sabedoria
O conhecimento elemental
Palavras acolhidas
Em seu estado natural

Tua leitura me fez homem
Me refez menino
Me desfez conceito
Me infez instinto.

Sigo lapidando sentimentos
Todos me ouvem
Me lêem
Me vêem
Me dissecam
Me devoram, me odeiam, me adoram!
E de pedaço em pedaço me desintegro...
Íntegro.

Torno a ser bruto e inocente como a flor
A Terra me consome, não sinto dor
Já estou entre os novos, entre os antigos.
Já estive entre os mortos, entre os amigos
Entre os artigos, da academia.
Na prateleiras dos Andes, em livrarias,
Livros?
Prantos do dia?!

A todos que me lêem
E também, aos que não
Por amor, paixão ou amizade
Espero deixar saudade
Mais que um livro frio, ou réquiemtado
Pra designorar a ignorância
A solidão.

4 comentários:

Fogo (ou seria água?) disse...

Caminhos, para mim, não se cruzam (ou teimam em cruzá-lo) por um mero acaso.

Amo você, no sentido mais amplo possível, simplesmente.

Alana Morais disse...

Vc é um presente pra quem te ler! (nesse tempo de tanta palavra pronta, de tanto poeta certinho).
Bjs Caboclo.

Unknown disse...

pois aqui, o drummond diria:

é um gozo pleno!

Unknown disse...

tomo do autor o que quando escrito, repito, não lhe pertence mais, e roubo os versos para mim, como alguém que queria ter inspirado quando foi escrito.