As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Clarividade

No inicio tudo era um precipício
Um perigo, emocionante
Todo medo era distante
Corríamos a beira abismo
Cantávamos em sofismo
Quase em desafinação
Mas tudo era proposital
Nosso quintal era o mundo
Sonhos e confrontos
Impossível, invisíveis
Tudo estava em outros níveis
De uma simples existência
Além de toda ciência
E discurso plausível
Explicável
Palpável
Sensível

Afinal, o seu beijo de paciência
Era a única calma que me vestia
Em trajes de sono e delicadeza
Me livrava das impurezas da vida
Com um sol sorriso seu de clarividade.

2 comentários:

Alana Morais disse...

"Afinal, o seu beijo de paciência
Era a única calma que me vestia"(Um sopro de calma na alma).



PS:De onde vem essa lindeza, Simples e tocante... sem esforço e sem pedir passagem!?!? Saudadess,viu!!!

Paloma Carvalhedo disse...

um sopro atravessado, um vento trançado, sabiá(mente) transversal.

...rsrs...é que lembrei!

linda poesia, pra variar, né! caboco danado de bom!