As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Artesanato

Não gosto de ser enquadrado
Com um rótulo, industrializado
Almejo meus nomes
E-feito as mãos,
Desenhados
Mesmo que sintetizado
Artesanato! Madeira, cera, barro
Que sejam cacos de vidro, arame farpado!

Penduricalhos e flores nunca são demais
Pra quem tece sonhos e sons na vida
Construindo a sorte de quem sabe o que quer.
Se for preciso renascer, que assim seja,
Reexisto em você, mulher

Se um dia faltar voz, saúde
Mas, me sobrar saudades
Eu irei te procurar
E se você não me atender
Me retorne ou não, quando bem entender.
Sei que estavas ensaiando teus teatros
E eu gosto disso.
Invente uma boa desculpa pra mim
E ficamos tudo bem.
Acredito em suas mentiras, assim,
Quando bem atuadas, entoadas.
Que assim seja, se essa também é tua arte.

Uma dança resolve tudo
Ainda mais se for improvisada
Não percamos tempo
A não ser que seja por tudo,
Mas nunca. Nunca meu amor por nada.

Eu faço meus passes e trejeitos
E você segue em seu bailado
Eu puxo a sua peça de entremeio
E você vem, invade o terreiro do peito
Como a rainha do reisado

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