As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Matriz

Aqui tudo é fake
Seja bom ou ruim
Dê o primeiro deslike
Quem sempre acertou
A rede é esse lugar
Belo e perigoso 
Nessa realidade estranha
Seguimos a evolução
Qué nos conecta e condena à fé?
À morte que nos engana

Fora do stories, da internet,
todo mundo é real.
Qualidades e defeitos,
caminhos de poeira e poesias,
pedras, flores, ladeiras e romarias
pra dentro de si.

Aqui tudo é fake
Seja bom ou ruim
Dê o primeiro deslike
Quem sempre acertou

O horizonte em dias tristes
É uma televisão fora do ar
Os sonhos se projetam
No entardecer da rede
O degradê desmonta os dados
Ficamos à mercê da sorte
E o tempo se torna a morte
Além da noite há quem desperte
Se desconecte dos logaritmos
Para o renascimento

Nenhum comentário: