As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

domingo, 5 de dezembro de 2021

Romaria de Fim de Tarde

Nossa loucura se lança
Na longitude do dia 
Tão perto e distante
Do sonho infinito

Alem do horizonte
Onde o sol descansa
E a lua se encanta
Nos mistérios da noite

Desejos em reza
E sagrados quereres
Em cantigas forjadas
No início dos tempos

E se o futuro profana
Nossos corpos em transe
O feitiço se lança
Na dança dos ventos

Lembranças
Transmutam-se em poesia
Enquanto fitamos o céu, despidos
Cantando o amor que praticamos

Seguimos
Assim, fazendo arte
Pelo caminhos tortuosos
Do coração da incansável cidade

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