As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Casamento

Até que a vida nos repare

(Em sua dinâmica)

Até que o amor nos separe

(Em sua completude)

Até que a separação nos una

(Em sua liberdade)

Até que o ódio nos ensine

(Em sua transformação)

Até que a morte nos ampare

(Em todo o seu mistério e inevitável fim)

Até que Deus nos funda

(Na imatéria da espiritualidade)

Até que o tempo nos encante

(Numa só existência orgânica)

Até que a poesia nos refaça

Como minério de pó de estrelas

Na vida inorgânica

Nenhum comentário: