As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

A Poesia das Horas

O sol a pino tocando a pele
Emite lembranças sonoras
A água brotando do corpo
O corpo soando memórias

Os sons transpirando cheiros
As cores refratando histórias
A luz que afasta os males
E queima a vista que chora

O vento quente que eleva 
A poesia que resiste na flora
O gosto da comida de mãe
No domingo que a missa demora 

Amor é saudade que perdura
É o rio da rua da glória
Cego Oliveira tocando Rabeca
Na calçada da minha escola

Tudo isso é um pouco da infância
Que voou e me trouxe agora
Pra o exato momento onde
A poesia me deu as horas

Nenhum comentário: