Por pouco tua raiva me tomava
O sorriso que construí a ferro e fogo
Como o trabalho que teu querer me deu
Com o sofrimento e amor de outrora
Na benção e luz efêmera da aurora
Na singeleza do ponteiro das horas
Por pouco tu me tomas a alegria
Que encontrei lá dentro de mim
Em um lugar que você não dominou
Nem destruiu, com sua ignorante crueldade
Não me deixaste nu, sem a alma que Deus me deu
Porque sou índio, e não consigo ser ateu
Não trouxe ou traguei mágoas
Mas agora, agorinha mesmo
Com as bênçãos de Badzé, em Cristo, Jesus
Defini onde começa o meu futuro.
E eu voltei a olhar o céu
E rabiscar meus pensamentos no escuro
Como quem faz uma oração
Nos astros medindo a vida e o destino
Percebi que te amei como um menino
E o teu desamor me serviu
Pra me fazer agir como homem
Mas sem precisar deixar de brincar
E fazer nas noites os pedidos
Sem que precisem nem ao menos se realizar
Porque no firmamento as estrelas eternamente
Cortam a nossa realidade faiscando desejos
Dando-nos esperança e imaginação.
Pois sempre, somente sempre
Seremos desesperadamente
Inconseqüentemente
Inevitavelmente
Cadentes
Poesias.
Você.
Eu.
...
.
Sentimentos a rasgar a atmosfera
Do meu mundo em constante evolução
Fundindo-se ao meu céu, ao meu chão
Agora teus elementos
Façam mal ou bem
Passam a constituir minha natureza
Este sorriso é teu. Esta lagrima também.
Tenho certeza...
6 comentários:
Qualquer comentário seria pequeno e passageiro diante do que escreveste!Fico aqui sem rima,sem piscar,diante da grandeza que encerra em teu poema!
Que lindo!
Marianna.
poxa, acabei de ver o e-mail... adorei seu blog tambem, escreve mto
"Como quem faz uma Oração"
assim tu escreve, assim é teus poemas.
nem sei...........
Até Sóror Mariana ficaria aos teus pés....
Por este e vários outros motivos vc é o meu objeto de estudo!
Fascinante, estonteante, inebriante...Único e Original... Teria eu mais palavras em meu vão vocabulário para expressar tamanha grandeza na beleza desses versos se ao inverso estou?...
AlÊ.
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