As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fertilidade

As vezes me sinto leve,
Como se fosse me lavrar o vento
E a matéria etérea me ultrapassasse
E-levando o que já não mais nos serve

Tento estar firme, no peso das idades
Pois meus pés adentrando na terra, raízes
Me permitem ir além deste reino.
Ainda estou lá (aqui) implantado
É o que dizem (e me digo):
- As matizes, as matrizes
Tantas cores, flores.
Eu fui. Voltei.
E aqui estou.
O que tinha, plantei por aí, também em mim
Cultivei algumas dores,
As vezes ex-colhi
Quando não, sentia muito, mas,
Sempre vinham outras estações
E já era,
Agradecia a oportunidade,
Por tudo que eu tinha,
Porque quando tudo parece estar perdido
Surgem os frutos da honestidade
Que amadurecem em seu devido tempo
Pra nossa fertilidade

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