As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Caboclo de Asas II

Um dia, uma noite, eu sonhei com um anjo
Ele tinha as feições de um índio
E suas asas eram coloridas como o Araripe
Suas vozes eram suaves como um trovão
Seus olhos eram d'água nascente
Seus cheiros, de terra grávida


Ele me apontou a Iara. Sua mãe.
E eu me apaixonei.
Ou me encantei
Ou enlouqueci
M'olhei meu rosto na fonte
E Cariri,

Me vi

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