As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Fogueira

A matéria, entregue ao fogo
Transmutava-se
O plasma consumia
O âmago orgânico
Do combustível corpo
Emprestando calor
E energia luminosa
Aos que brincavam ao seu redor
No alto, o céu mostrava-se
Despido dos tempos
As palmas
Os tambores
O coro
Em transe
O calor da fogueira
O orvalho da madrugada
Assim adentramos à noite
Conectados à ancestralidade
Em canto entoado
E poesia bailada
Na madrugada o ritual
O terreiro era o canal
E a festa
Abençoada

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