As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 14 de junho de 2024

TEMPO PRA O CAFÉ

Enquanto o mundo corre
Podemos caminhar lentamente
Ou até parar e tirar os sapatos
Botar os pés pra cima
De repente 

Sem querer
Ouvir os sussurros do mundo
Os silêncios da gente
A paz inconsciente
Descansando 
Dessa pressa de viver
Desdenhando
Dessa pressa pra morrer
Na qual tanta gente se calça

E o tempo do sonho?
Nosso espaço na realidade
A matéria escura pra o canto
Na dança da gravidade

Enquanto o mundo corre
E falamos sobre as ciências da alma 
Podemos tomar um café
E botar os assuntos em dia
Questionar a nossa fé
Com pães de queijo e calma

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Veredas Celestes

Caminhos abertos

Nas veredas celestes

Que o sol se alinhe 

Com os pensamentos


Sentar nas nuvens

Sorrir pra chuva 

Mudar a rota

Ouvir o vento


Viver o tempo 

Em liberdade

Tragar saudades

E baforar sorrisos


Cantar a vida

Dançar a sorte

Sentir o corpo

Tomar seu rumo

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Vagalumes

A luz verde que reflete
Quando olho nos olhos da relva
É como um suspiro de descanso
Nos sons que vão virando acalanto
No vento que vai soprando mais calmo
E nos abraçando

As vozes perdidas no tempo
Vão virando sussurros
Quem sabe são orações de amor
As sentenças que vencem o medo
E realizam-se em feitiços de poesia
Tão óbvias quanto o lado escuro da lua

Sejamos caminhos
Contornando as dificuldades da vida

Não tão raramente
As paixões temem virar tédio
E a salvação pra os sorrisos
Pode estar na simples vontade
De expressar os sentimentos
Que passeiam feitos vagalumes
Acesos na serenidade
Dos corações dançando
Em orvalho e festa