As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 14 de junho de 2024

TEMPO PRA O CAFÉ

Enquanto o mundo corre
Podemos caminhar lentamente
Ou até parar e tirar os sapatos
Botar os pés pra cima
De repente 

Sem querer
Ouvir os sussurros do mundo
Os silêncios da gente
A paz inconsciente
Descansando 
Dessa pressa de viver
Desdenhando
Dessa pressa pra morrer
Na qual tanta gente se calça

E o tempo do sonho?
Nosso espaço na realidade
A matéria escura pra o canto
Na dança da gravidade

Enquanto o mundo corre
E falamos sobre as ciências da alma 
Podemos tomar um café
E botar os assuntos em dia
Questionar a nossa fé
Com pães de queijo e calma

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