As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Relembrança

Foram são tantas coisas boas

Revivo os detalhes com carinho

Passeando a memória 

Em pontos de luz e réstia

Que deixamos no caminho

Estações de encantamentos

Poesias, canções, sorrisos e lágrimas

Muita dança surge desses movimentos

Eternizando os momentos

Com sorrisos gratuitos

E divinas comédias


Houveram embates, claro

Desentendimentos, discursões

Quais amores não tem questões?

Mas o que fica, começa pela alegria

E termina, sem precisar ter fim

Num abraço de amizade

Quando o corpo distensiona 

E a paz faz um laço

E nos reúne

OM

Não é técnico

Mas é bonito, entender o tempo

Não como uma dimensão

Mas como uma poesia

Na percepção atrevida do mundo

Além da matéria encarnada finda e frágil

Para a grandeza de pensamentos vivos

Por isso sonhar é tão belo e inspirador

Seja acordado ou no descanso do corpo

Com os olhos abertos para dentro

Nos mostrando bem, o que fomos, somos

O que poderíamos, e o que poderemos ser

Esse poderia ser um escrito de auto ajuda

Uma canção antiga do legião urbana

Mas, é apenas a reflexão de um peito

Que se dedica a tentar sobrentender

O descaimento dos elementos

Ou o incômodo que é o silêncio

Para quem canta as horas

Na timidez da noite

E divide o juízo

Entre sons

E sonhos

OM

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Benzer Nossos Caminhos

Chuvas e sóis

Muitas estradas

A serem caminhos

Pra nossa fertilidade


Cultivando sonhos

Inspirações e poesias 

Rimando rosas e espinhos

Rezando danças e canções 

Benzer nossos caminhos


Assim com os olhos d’água

Reinventar nossos destinos

Mesmo nos tempos mais áridos

Pois temos nossos encantos

Pra sustentar o corpo

E alimentar a alma

Com suor, amor

E a devida calma


Só assim

Nos fortalecemos pra vida

Não só pras batalhas

Mas pra todas as lidas

E descasos

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Abacate

Depois do trabalho
Parei pra arrumar as coisas de casa
Tomei banho, deite e parei pra ler um pouco 
“Do nada”, lembrei do abacate que tirei da fruteira, por estar no ponto, e o coloquei na geladeira
Cortei um pedacinho pra comer
(Adoro comer abacate puro)
 E quando termei, aliás, enquanto terminava, lembrei claramente da minha mãe
Ela nos dava abacate com açúcar quando éramos crianças 
Ela começava amassando um pouco, e depois deixava o resto pra gente ir amassando a mistura e ir comendo
O gosto do abacate está tão doce
A saudade também 
Terminarei de escrever essa lembrança
Vou ler um pouco mais
E esperar um tempinho pra poder escovar os dentes antes de dormir
Quero descansar 
E sonhar 
Com as coisas boas da vida