Foto: Junior Panela
Nesse cenário de mágicas batalhas
A cidade cresceu vorazmente
Engolindo minhas ânsias, e infância
As ingênuas aventuras da adolescência
Minhas dúvidas da fé, as críticas à Deus.
Cristãos, mouros e ateus
Lutando juntos pelos seus
Defendendo lembranças
Meu compromisso aqui era cantar, dançar!
Plantar flores
Semear esperanças
Nos jardins-saudade que cultivara
Dar poesia, sombra, e aconchego pra ignorância
Mas o que via, me entristecia!
Que minhas lágrimas ao menos regassem a terra!
O homem urbano-sertanejo, inumano, desencantado
Pisoteava, talvez, até sem saber
Os canteiros que fazíamos
Pra nos trazer alegria
Pra nos fazer sonhar
Pra nos fazer enxergar os reis, princesas e cavaleiros
Que cantavam o dia inteiro
Pela paz desse mundo prestes a guerrear!
3 comentários:
um dos poemas mais bonitos que vc já escreveu, menino. E um dos mais autorais também.
das mãos de quem oferece flores, sempre sobra um pouco de perfume....já dizia o sábio!
o homem urbano-sertanejo inumano desencantado...
a que presta o homem a não ser do mundo?!, se é ele que o faz sentir a beleza de cada bruto segundo dessa passagem...
Salve, Geraldo!
Sou aqui do Rj e provavelmente assistirei vocês tocarem no Democráticos.
Abraço!
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