As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Praça de guerra


Foto: Junior Panela
Nesse cenário de mágicas batalhas
A cidade cresceu vorazmente
Engolindo minhas ânsias, e infância
As ingênuas aventuras da adolescência
Minhas dúvidas da fé, as críticas à Deus.
Cristãos, mouros e ateus
Lutando juntos pelos seus
Defendendo lembranças

Meu compromisso aqui era cantar, dançar!
Plantar flores
Semear esperanças
Nos jardins-saudade que cultivara
Dar poesia, sombra, e aconchego pra ignorância

Mas o que via, me entristecia!

Que minhas lágrimas ao menos regassem a terra!

O homem urbano-sertanejo, inumano, desencantado
Pisoteava, talvez, até sem saber
Os canteiros que fazíamos
Pra nos trazer alegria
Pra nos fazer sonhar
Pra nos fazer enxergar os reis, princesas e cavaleiros
Que cantavam o dia inteiro
Pela paz desse mundo prestes a guerrear!

3 comentários:

Roberta disse...

um dos poemas mais bonitos que vc já escreveu, menino. E um dos mais autorais também.

das mãos de quem oferece flores, sempre sobra um pouco de perfume....já dizia o sábio!

Anônimo disse...

o homem urbano-sertanejo inumano desencantado...
a que presta o homem a não ser do mundo?!, se é ele que o faz sentir a beleza de cada bruto segundo dessa passagem...

Anônimo disse...

Salve, Geraldo!

Sou aqui do Rj e provavelmente assistirei vocês tocarem no Democráticos.

Abraço!