Por aqui, me beija o calor de novembro
E eu me curvo a soberania do sol
Nos avermelhandos clarins do arrebol
As aves de fim da tarde desenhando uma saudade
Que se confundi entre aqui e ali, qualquer lugar.
Os caminhos que tomamos
Ainda não mataram nossa sede
Nos aventuramos nesse Rio
Rumores, amigos e amores por um fio
De esperança e ânsia costurando realidades
Os sonhos deixo pra o destino e suas fatalidades
Desencadeando uma dança entre os sentidos
A distancia entre a lagrima e o sorriso
São as travessias desses mundos que se cruzam
E que tornam possíveis as reinvenções do amor
Intervenho essa poesia urbana com uma flor
Que trouxe comigo em palavras que lhe canto
Do meu sertão, tome pra ti este acalanto
Uma sombrinha em teu peito, amenizando essa dor
E tudo o que eu falar daqui pra frente
Será uma meia lua de contentamento nos dentes
Querendo transmutar como uma paixão nascente
Exercendo poder sobre tuas águas
Os outros elementos não te trazem magoas
E reconhecem tua poesia insistente
A terra, o fogo e o vento
E tudo o que reinvento
A razão e os delírios do corpo
Sim, tudo re-sentimentos!
As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?
2 comentários:
meu caro geraldo, senti um tom de nostalgia... estou certo ou viajei? o fato é o que texto é bonito e tocante.
abraços
3 mil anos depois...
Sim, talvez...
A saudade é algo presente.
Abraços, amigo.
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