As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Conjunção

Sempre tivemos o nosso amor
Mesmo quando não afins
E as vezes que terminávamos
Conseguíamos recomeçar
Sem precisar determinar
Um meio, inicio ou fim

Mas estar junto de alguém
Tem algo (sempre tem)
De divino e necessário
Como crescer e evoluir

Assim íamos, seguíamos 
E se brigávamos
Falávamos o que não precisávamos dizer,
Mas ouvíamos o que precisávamos ouvir,

Um breve silencio nos dominava
E por fim

Lembrávamos nossas velhas canções
Ou compúnhamos novas
E dançávamos. Nos seduzíamos.
Dançar sempre nos acalmou
Cadenciávamos o corpo, os olhos e mãos
E nos descrevíamos em nossos papéis
Companheiros, amigos amantes...
Ofegantes,
Éramos as palavras que precisávamos sentir.

E nessa paixão renascida
Que nos tornava a brotar,
Deixávamos nos guiar...

- Quebrávamos a cara
Mordíamos a lingua,
Mas sempre nos acreditamos.
Escolhíamos acreditar.

Não apenas por um cego amor
Ou por tudo o que nos fizemos enxergar
Não pelas juras, injurias, das velhas rimas com a dor.
Mais, pelo o que continuamos a sentir
Ressentir que fosse...
Tenho a tua lua em mim
Tens o meu signo a te ascender
O que mais precisaríamos querer?
Os astros em nossa conjunção?!
Aprendemos a viver assim
E assim foi e é nossa arte.

Capricórnio em Áries
Terra e fogo
Saturno e Marte

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