As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

calmaria

A ventania vem
O ar muda a densidade
Observando o alvoroço das nuvens
Percebo a virada do tempo
Mas nas distantes alturas
Ja não ando tão despreparado
Pra mais uma tempestade
E consigo até ouvir
A canção da chuva
A dança dos ventos
A poesia dos raios

Rogo para a natureza
E até prevejo a tão sonhado brisa
Medito pela tarde em calmaria
Com uma sensação que me instiga
Ao autoconhecimento

Redescubro a paixão em mim
Mas ela já não me governa
A euforia teve sua vez
A afobação já teve seus dias
É tempo de amadurecer os desejos

O amor sempre deixa boas sementes
E nos concede a evolução
Nos floresce de sabedoria
Que a nossa amizade nos conduza
E nos mantenha a conexão
Pela lonjura das vidas
Para que atravessemos
As próximas tempestades
De mãos dadas, sorrindo
Cheias de velhice
E infância

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