As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Aconchego

Quando é noite

E sinto numa melodia

O verso que se aproxima

Num aconchego leve

Meus dedos dançam


Bailam frases inteiras

Como poesias esferografadas

Em Azuis palavras e desenhos

Prosas e rimas que para mim

Fazem mais sentido

Que algum lugar sentindo


O amor existe assim

Na imperfeição do verso vivo

Como quem tenta compor

Cantando os cacos do passado

Remedando versos dançados

Num futuro que se sonha

E se faz por onde


Numa inevitável forma de dizer

Tantas novas e velhas coisas

Muitas talvez até sem sentido, sim

Mas sempre cheias de sentimentos

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