As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

CORPO CELESTE

O velho cometa

Viajou anos-luz

Percorreu a via láctea

E agora mais uma vez

Em seu abraço gravitacional

Nos encanta com sua calda de fogo

Será o sinal do fim dos tempos?

Ou do reinício de tudo?

Um adeus pra quem estiver preso ao passado?

Um olá de um visitante de outras mundos?


Vislumbre o espaço-tempo.

Não esquecer quem somos,

É melhorar o que precisa ser transformado

É hora de contar estrelas

Sem temer o incomensurável infinito

Jogue as tolices pra o alto

Aponte o dedo pra imensidão

Aponte o dedo para o céu

Para as flores no chão

Mas não aponte julgando

Aponte ajudando

Dando direção


Na gira das eras

Balance o corpo, remexa a alma

Porque o espírito é como o universo

Tem que estar em movimento

Pra entrar em harmonia

Com a criação 



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