As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Primórdios

Que divertido
Balançar-se ao ouvir música
Emocionar-se com as cores que vibram
Lembrar, formar, guardar coisas boas
Expurgar coisas ruins
Arte é viver livre assim! Sentir!
Dançar feito quem reza

Qual primeiro ancestral tocou?
Quem primeiro dançou?!
Cantou?
Fez poesia
Fez prosa
E rimou?

Quem descobriu o amor?
Conectou-se à quinta dimensão
Qual primeiro ser sentiu saudade
E percebeu o tempo soprando na gente
A distância?

Quem almejou voar
E se viu preso ao chão
No abraço gravitacional
Do planeta em rotação

Me imagino vivo e me reinvento
Não precisa se dizer poeta pra viver
Tudo isso é simplesmente bom
Sigo como os Anicetos pássaros
Tocando con mi corazón
Voando nesse vale de dádivas
Caetano ouvindo Santos Dumont

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