As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Um sonho no Juazeiro

(Numa região paralela, sertão)
O corpo ainda dorme,
Caminha sonâmbulo, vinolento
Pelo centro nervoso da urbe
Uma peleja, desafiando o tráfego
De informação, e outros dados
Enarmonizando os sons, os sonhos,
Entre Seus Zés e Donas Marias
Crianças Cíceras,
Pastoras e anjinhos
(Ao longe, ruídos e freqüências,
Zambumbas e pífanos, torés)
Almas-vivas, penando
Criaturas estranhas nas ruas.
Pessoas, seres fantasticos de carne, osso
Cera, gesso, barro ou imburana
Desse e dos outros mundos, além.

Existe aqui uma certa beleza, mas, discreta
Ou encoberta, esquecida, ou quase apagada
Como lembrança, beata.

Sigo o fluxo dos pensamentos
Nas virtualidades da fé
Entre candeias e trevas
Poesias penadas
Em romaria
Pra salvação

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