As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

domingo, 17 de novembro de 2013

Cosmogonia

A palavra encontrou um lugar desconfortável em minha alma
Quis romper meu útero, partir meu umbilical cordão de prata
Pura contida revolta implodiu, criando o universo ao seu redor
E eu estava nele, nela, na incandescente palavra ela
Na gravidade elíptica dos co/n/m/sentimentos que se construíam
A partir da matéria mãe do som dessa canção divina, candeias
Individidas sem sexo, aos sexos, sem cor, às cores, os tons
Todos nela.
A idéia principal da canção surgiu assim
E continua em expansão
Ela um dia findará
No mesmo mistério
De onde surgiu e partiu
O amor veio daí
Desse lugar "do antes"
"Do todo"
E viaja mais veloz que o som
Que a luz
O teu olhar fecundo
Que deu inicio a tudo

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