As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Paralelos Infinitos

Na confusão dos sentidos
Os sentimentos se confundem
Os pensamentos se iludem
O coração bate desincronizado com o corpo
O espírito irradia pulsos ao infinito

E dos desejos da última noite,
O que terá sido? O que ficou desestabelecido?
Desestabilizado? Quais tonalidades e harmonias
Prevaleceram ao acordar nos suados acordes?
Por onde se expandem aquelas melodias
Cantadas desde o último beijo?
Um poeta hoje aqui escreve
Na lembrança do teu sobeijo
Aquele agridoce gosto
Na língua que te percorreu o corpo
E te floriu sorrisos ao cruzar o pescoço
Os sabores continuam aqui
E agora como jovens apaixonados
Compomos e deixamos esse recado
Pra os enamorados que virão depois de nós

Mesmo em nossas maiores solidões
Nunca mais estaremos a sós
As lembranças
Nos acompanharão
Pelas pequenas eternidades
Selando amizades
Permeado amores
Que se conjuguem
Injulgáveis

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