Na confusão dos sentidos
Os sentimentos se confundem
Os pensamentos se iludem
O coração bate desincronizado com o corpo
O espírito irradia pulsos ao infinito
E dos desejos da última noite,
O que terá sido? O que ficou desestabelecido?
Desestabilizado? Quais tonalidades e harmonias
Prevaleceram ao acordar nos suados acordes?
Por onde se expandem aquelas melodias
Cantadas desde o último beijo?
Um poeta hoje aqui escreve
Na lembrança do teu sobeijo
Aquele agridoce gosto
Na língua que te percorreu o corpo
E te floriu sorrisos ao cruzar o pescoço
Os sabores continuam aqui
E agora como jovens apaixonados
Compomos e deixamos esse recado
Pra os enamorados que virão depois de nós
Mesmo em nossas maiores solidões
Nunca mais estaremos a sós
As lembranças
Nos acompanharão
Pelas pequenas eternidades
Selando amizades
Permeado amores
Que se conjuguem
Injulgáveis
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